quarta-feira, 8 de agosto de 2012


LENDAS GUAMAENSES

O BODE DO SESP VELHO
 
Contam os antigos moradores de São Miguel do Guamá que durante à noite quando as pessoas passavam em frente ao Sesp  Velho (hoje unidade Municipal de Saúde) aparecia u bode com o seu odor desagradável não deixava que as pessoas se aproximassem desse local. As crianças que brincavam pra lá sempre corriam assustadas. Ele aparecia e desaparecia do nada.

O HOMEM QUE VIRA PORCO
Antigamente, no bairro do Olho d’agua, em noites bem escuras, depois da meia noite, aparecia um porco grande que amedrontava as pessoas que passavam. Ao se aproximarem o porco desperecia e ao mesmo tempo aparecia um homem do nada.   As pessoas para saberem que era a pessoa que virava porco, jogavam agua quente ou batiam no porco. Quando amanhecia o dia o homem, o qual se desconfiava ser quem virava porco estava todo machucado.
Há moradores antigos da cidade, que garantem ter conhecido o homem que virava bicho, por sinal um conhecido morador da cidade.

MATINTA PEREIRA
Conta a lenda que uma antiga moradora da cidade, chegava à noite e saia vagando pelas ruas com seus assobios arrepiantes, fazia com que as pessoas sentissem medo. As pessoas amedrontadas querendo saber quem era a matinta pereira a convidavam para tomar café na manhã seguinte e assim a primeira pessoa a chegar na casa, pela manhã, seria a matinta pereira. E conta ainda que quando estava no leito da morte chamava alguém para apertar a mão e com isso passar o seu fardo para a pessoa.

A LENDA DAS TRÊS LAMBADAS
 
A lenda conta que no km 02 da estrada Magalhães Barata, onde existia um matadouro, depois das seis horas da tarde, seria impossível passar por ali, pois levaria três lambadas sem saber de quem. As pessoas que temiam apanhar não ousavam passar por ali neste horário com medo de apanhar.

A MULHER DA TETA GRANDE
Esta mulher aparecia para os caboclos quando vinham para cidade fazer compras e voltavam embriagados para suas casas.
Ela aparecia e gritava:
- Se mamar apanha se não mamar apanha sempre. Então o caboclo preferia a mamar e dizia:
- Eu apanho, mas eu mamo!

A LENDA DE SÃO MIGUELITO
Os antigos moradores de São Miguel do Guamá, contam que um caboclo morador da localidade Carmo, abaixo da Vila Conceição, subiu o Rio para uma caçada. Após remar bastante tempo, avistou sobre uma pedra, a imagem de um santo, com muito cuidado, levou para a sua casa onde o guardou com muito carinho, mas para sua surpresa no outro dia, o santo havia desaparecido. Voltado ao local do achado, encontrou o santo no mesmo lugar e isso aconteceu por três vezes. Os moradores da localidade Carmo, entenderam que o santo queria ficar ali mesmo, construíram uma barraquinha às margens do rio, mas tarde um barracão, deram o nome de São Miguelito ao santo, iniciando assim uma grande devoção. Este fato, aconteceu no local onde fica a matriz de São Miguel Arcanjo.

A DANÇA DA CABLOCA GUAMÁ
A dança “cabocla guamá” começou a ser pesquisada em 1996. O professor e pesquisador Antonio Ferreira da Cunha, professor de história e estudos paraenses, começou a observar os traços do povo guamaense e preparou a melodia e a poesia. Durante dois anos foi incrementando a melodia com traços coreográficos caracterizados com o costume e as tradições do povo guamaense. Essa dança vem, portanto falar mais de perto da cultura de um povo que tem um “rio que chove”. A coreografia é feita com seis pares de dançarinos, todos os alunos ou ex-alunos da escola. A estréia da “cabocla guamá” aconteceu em 1999, por ocasião do I Festival da Cultura Guamaense.

A DANÇA DA MANDIOCA
A “Dança da Mandioca” é o resultado de um trabalho de pesquisa sobre a mandioca feito pela escola São José Operário, em São Miguel do Guamá, pelo professor Antônio Ferreira da Cunha, professor de história e estudos paraenses e alunos da 5ª a 8ª série, um grupo de alunos pesquisou e realizou todo o processo de fabricação de farinha, começando pelo projeto em sala de aula e terminando na casa de farinha, de propriedade do senhor Firmino, pai de um aluno da escola, situada na periferia da cidade.
No final da torrefação da farinha, seis alunos encenaram uma coreografia ao ritmo da poesia “Rebola a mandioca no poço/ remexe pra fazer o pirão/ balança a peneira caboclo/ e fabrica a farinha em montão”.
Essa expressão poética idealizada pelo professor que acompanhava a turma serviu como base para a poesia propriamente dita, que com a melodia da brilho sobre à coreografia da dança.
A dançada mandioca “vem revelando os traços e o movimento que o caboclo faz na fabricação da farinha. É dançada por um grupo de seis pares, onde as damas trajam uma saia bem rodada, estampada em cores típicas, blusa branca meia barriga com ombros caídos e um pano amarado na cabeça, os cavalheiros, com chapéus de palha na cabeça, pés descalços e corpo seminu, trajam apenas meia calça de cor branca; nas mãos, os cavalheiros levam em ordem processual, o ralo, a mão-de-pilão, o tipiti, a peneira e o rodo e as damas levam os paneiros, com os quais representam a farinhada.
Além de ganhar a preamar, do arrastão cultural, projeto do Governo do Estado realizado entre doze municípios em Paragominas, o Gecop (Grupo de Expressão Corporal Operário) já apresentou esta dança em diversas localidades do interior do município de São Miguel do Guamá, bem como nas cidades de Irituia, São Domingos do Capim, Mãe do Rio, Castanhal e Santa Izabel do Pará.

A COBRA GRANDE
Conta a história que a cobra grande vivia dentro de uma balsa chamada Alvarenga Peixoto que afundou às margens do Rio Guamá, onde a mesma era vista pelos pescadores e ribeirinhos. Os mesmos contam que ela era muito grande de tamanho assustador, assombrando todos que dela se aproximavam. Segundo a lenda ela saia para passear e vive escondida em baixo do Colégio dos Padres Barnabitas. Contam, ainda, que a grande enchente que dividiu o Colégio e a ponte grande, foi quando ela saiu do Colégio para a balsa deixando seu rastro.

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