sábado, 14 de maio de 2011

EXPRESSÃO CORPORAL PARAENSE

A EXPRESSÃO CORPORAL DO PARAENSE


A dança é um dos mais poderosos meios de expressão do homem. Desde os tempos imemoriais a humanidade, exercia essa atividade como um sacerdócio, pois tal prática servia para pô-la em contato direto com as forças superiores da natureza e os deuses que a governavam. A dança folclórica esta relacionada com as camadas mais simples, que vivem na zona rural. São danças espontâneas e próprias da comunidade que vive refletindo seus aspectos culturais.
Há dois tipos de danças folclóricas: comum e dramática. A comum é constituída somente de evoluções e a dança dramática é aquela relacionada ao drama por conter uma parte encenada ou representada, e alusiva a assuntos como: guerreiros, congos ou congadas e boi-bumbá.
Plenas exuberâncias e originalidade, as danças do folclore paraense, sem contestação, possuem uma riqueza coreográfica ímpar e uma beleza singela ligadas, à sensibilidade do índio e à profunda influência que sofreram por foca da colonização européia através de contato direto com a sua gente.


CARIMBO  

O Carimbo adveio da criatividade artística dos índios Tupinambá. A principio pouco ou nenhum entusiasmo despertou, dado ao ritmo dolente, características na maioria das danças de origem indígena.
O nome Curimbó è formado por duas palavras: curi = pau ôco e mbó = furado. Assim, o pau que produz som. Posteriormente, o próprio povo foi alterando a palavra corimbo (como até hoje se usa no município de Salinópolis) e carimbo, denominação mais conhecida da dança.
Um fato interessante é que se o homem conseguir é aplaudido, caso contrário, é posto para fora da dança, é marcação coreográfica de um dos pés sempre a frente do corpo.  


DANÇA DO MAÇARICO

A dança do Maçarico, também originária de Cametá, tem como figura central esta ave pernalta, pássaro arisco e assustadiço, cujo andar é aceleradíssimo, sendo encontrado em quase todos os rios do Pará e do Amazonas,  principalmente naqueles onde há praias. O movimento coreográfico lembra, em vários sentidos, o alegre saltitar e correr da ave e também alguns passos próprios das danças portuguesas.
A dança movimenta-se através das quadrinhas cantadas pelos participantes que indicam os diversos passos a serem dados, sempre especificamente em relação às mulheres que surgem como elementos principais para orientá-los.

 
XOTE BRAGANTINO

O "Xote" (Schotinch) tem sua origem na mais famosa dança folclórica da Escócia na segunda metade do século XIX. Aos poucos foi conquistando a Europa. Na Alemanha ganhou um ritmo valsado pela influência da Valsa Vienense. Na Inglaterra a dança era saltitante. Já na França os passos ganharam ritmo semi- clássico, com um andamento um tanto mais lento que o atual. Talvez por causa da indumentária feminina que, naquela época, dificultava os movimentos rápidos. Trazida para o Brasil pelos colonizadores, despertou, desde o início, um grande interesse no povo brasileiro que, por sua vez, também fez seus acréscimos. No Estado do Pará os portugueses cultivavam o xote com bastante entusiasmo em todas as reuniões festivas assistidas de longe pelos escravos africanos. A dança foi aproveitada, de fato, pelos negros em 1798, quando eles fundaram a Irmandade de São Benedito, no município de Bragança, que deu origem à Marujada. Outras danças de origem européia também vieram formar o novo ritmo, mas é no "Xote" que está o maior interesse do povo bragantino nas apresentações públicas da "Marujada". A dança é executada repetidas vezes, valendo acrescentar que até mesmo os jovens bragantinos preferem o "Xote" a qualquer outra dança popular.


DANÇA DA QUADRILHA

A Quadrilha é uma contradança de origem holandesa. No Brasil, apesar de ser dançada também pelos alemães, em compasso de 6 / 8, na qual quatro pares se situam frente a frente. Teve o seu apogeu no séc. XVIII, em França, onde recebeu o nome de "Neitherse". Tornou-se muito popular nos salões aristocráticos e burgues do séc. XIX em todo o mundo ocidental.
No Brasil, a quadrilha é parte das comemorações chamadas de festas juninas. Um animador vai pronunciando frases enquanto os demais participantes, geralmente em casais, se movimentam de acordo com as mesmas. Para alguns cientistas sociais, especialmente antropólogos, tal forma de entretenimento representa uma permanência do pensamento evolucionista muito em voga principalmente no século XIX, onde pessoas que residem em meios urbanos agem de forma estereotipada, zombando dos moradores de áreas rurais mesmo sem se darem conta.
Também chamada de quadrilha caipira ou de quadrilha matuta, é muito comum nas festas juninas. Consta de diversas evoluções em pares e é aberta pelo noivo e pela noiva, pois a quadrilha representa o grande baile do casamento que hipoteticamente se realizou. Esse tipo de dança (quadrille) surgiu em Paris no século XVIII, tendo como origem a contredanse française, que por sua vez é uma adaptação das country dance holandesa e alemã, segundo os estudos de Maria Amália Giffoni.
A quadrilha foi introduzida no Brasil durante a Regência e fez bastante sucesso nos salões brasileiros do século XIX, principalmente no Rio de Janeiro, sede da Corte. Depois desceu as escadarias do palácio e caiu no gosto do povo, que modificou suas evoluções básicas e introduziu outras, alterando inclusive a música.
A sanfona, o triângulo e a zabumba são os instrumentos musicais que em geral acompanham a quadrilha. Também são comuns a viola e o violão.


FESTIVAL DA CULTURA GUAMENSE

É realizado nos dias 29,30 e 31 de outubro na orla do rio Guamá, tendo como objetivo divulgar os valores culturais, incentivar artistas da terra a divulgar seus potenciais artísticos.
            Há várias atividades como: exposições culturais (artesanato, pintura, peças raras, etc.) apresentação de danças folclóricas, teatrais e musicais, venda de comidas típicas e concurso da “Garota Guamá”. O referido evento tem o apoio da Prefeitura Municipal e a coordenação da Secretaria de Educação, Cultura, Desporto e Turismo – SEMECDT.


FOLCLORE

GRUPOS FOLCLÓRICOS

GRUPO DE EXPRESSÃO CULTURAL OPERÁRIO – GECOP

O grupo foi criado a partir da idéia dos professores e alunos de transmitir a arte de representar, cantar e dançar e também desenvolver danças folclóricas.
O grupo criou a dança da “Mandioca” e a dança “Cabocla Guamá”. Possuindo outras danças como “Barreou”, “Xote Guamá”, “Maçariquinho”, “Invernada Marajoara”, “Mulatinha”, danças do “Coco” e “Alecrim”, além de possuir um conjunto dc carimbo de flauta doce e um coral.
Com várias apresentações entre danças, teatro e música o grupo ganhou em 1 lugar o Concurso entre municípios da região do nordeste paraense, passando a ser mais valorizado e reconhecido.
            Grupo do Centro de Convivência “Maria de Nazaré Fernandes” surgiu no início do mês de maio dc 1999, com a iniciativa da coordenação do Centro tendo como objetivo proporciona maior Integração e principalmente diversão para os idosos.


GRUPO TEATRO SALLUZ

             O nome significa “Sal de terra e luz do mundo”, nome italiano e bíblico. Surgiu em 08 de agosto de 1997 a partir da necessidade de cada integrante de se expressar. É formado por 10 componentes da comunidade de São Gabriel, cadastrados na Secretaria de Cultura. Esses 10 componentes tiveram a oportunidade fazer o curso de Iniciação teatral  promovido pela Secretaria de Estado de Cultura e Universidade do Estado do Pará.
            O responsável pela coordenação do grupo é o Sr. Odecy Guilherme da Silva. Entre as apresentações podemos citar as peças “A Revolta do Perus” e “A Contra Ponto”, além de possuir uma banda de música.
            O grupo participou de várias apresentações como os Projetos arrastão Cultural” e “Preamar” no município de Paragominas e outros em São Miguel do Guamá.


GRUPO TEATRAL FRUTO DE NÓS

O grupo surgiu através de Oficinas realizadas, na comunidade de Patauateua em 1994, tendo como o primeiro diretor Francisco Barata.  O Sr Renivaldo Costa de Andrade é o atual diretor.
A Primeira peça do grupo foi denominada “A Cara do Guamá” devido a preocupação que o grupo teve com os problemas sociais do município. Atualmente, o grupo possui 10 componentes e se apresenta em vários municípios.

LÍRIOS DO GUAMÁ

             É constituído por 20 alunos e ex-alunos do Externato Santo Antonio Maria Zaccaria e teve como fundador o Sr Benedito dos Santos Moura Júnior  Atualmente Sr Odecy Guilherme da Silva é quem dirige o grupo.
            Um dos Primeiros trabalhos foi a peça “Sombras da Maldade” O grupo tem como objetivo desenvolver a cultura do município. Ainda hoje o grupo Lírio do Guama atua freqüentemente em vários eventos.


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