terça-feira, 31 de maio de 2011

FortePresepio-CCBY.jpg
 
Forte do Castelo ou Forte do Presepio

O Forte do Castelo do Senhor Santo Cristo do Presépio de Belém localiza-se na baía do Guajará, na ponta de Maúri, à margem direita da foz do rio Guamá, dominando a entrada do porto e o canal de navegação que costeia a ilha das Onças, atual cidade de Belém, no estado do Pará, no Brasil.


História
Antecedentes
Após a conquista de São Luís do Maranhão, em Novembro de 1615, por determinação do Capitão-mor da Conquista do Maranhão, Alexandre de Moura, o Capitão-mor da Capitania do Rio Grande do Norte, Francisco Caldeira de Castelo Branco, partiu daquela cidade para a conquista da boca do rio Amazonas, a 25 de dezembro de 1615, com o título de "Descobridor e Primeiro Conquistador do Rio das Amazonas" (BARRETTO, 1958:33-34).
Com três embarcações - o patacho Santa Maria da Candelária, o caravelão Santa Maria das Graças, e a lancha grande Assunção -, e menos de duzentos homens, a expedição atingiu a baía de Guajará em 12 de janeiro de 1616 levantado um forte de faxina e terra, com alojamentos cobertos de palha, artilhado com doze peças. Batizado de Forte do Presépio de Belém, núcleo do povoado de Nossa Senhora de Belém, destinava-se a conter eventuais agressões dos indígenas e quaisquer ataques dos corsários ingleses e neerlandeses que freqüentavam a região.
No contexto do levante dos Tupinambás (1617-1621), a povoação e o forte foram atacados pelas forças do chefe Guaimiaba (em língua tupi, "cabelo de velha"), que pereceu em combate (1619). Danificada, essa primitiva fortificação foi substituída por outra mais sólida, de taipa de pilão e esta, por sua vez, em 1621, por uma terceira.

O Forte do Senhor Santo CristoVer imagem em tamanho grande
A nova fortificação foi erguida com um baluarte artilhado com quatro peças, um torreão e alojamento para sessenta praças, sendo batizada como Forte Castelo do Senhor Santo Cristo, ou simplesmente Forte do Santo Cristo.
Arruinada pelos combates e pelo clima, sofreu reparos em 1632 e 1712. A Carta-régia de 30 de maio de 1721 autorizou os seus reparos e de outras fortificações da região, sendo contratado para tal, em Lisboa, o pedreiro Francisco Martins, com um salário de 800 réis por dia. Poucos anos mais tarde, em 1728, o Sargento-mor Engenheiro Carlos Varjão Rolim, foi trazido de São Luiz do Maranhão para dirigir os trabalhos de reconstrução do forte. Novos reparos foram efetuados em 1759 e em 1773.
O século XIX
À época da Independência do Brasil, o forte foi reedificado, para ser desativado no Período Regencial pelo Aviso Ministerial de 24 de dezembro de 1832, que extinguiu os Comandos dos Fortes, Fortins e pontos fortificados, desarmando-os. No ano seguinte, passou a ser denominado de Castelo de São Jorge, ou simplesmente Forte do Castelo, como até hoje é denominado.
No contexto da Cabanagem (1835-1840) o forte foi utilizado como quartel-general pelos revoltosos, ficando quase em ruínas durante a troca de tiros com a armada do inglês John Taylor, contratado pela Regência para dar fim à insurreição.
O forte foi reconstruído e rearmado a partir de 1850 durante o governo de Jerônimo Francisco Coelho, Presidente da Província do Pará, quando ganhou novos quartéis para tropa, Casa do Comandante, ponte sobre o fosso, portão e uma muralha de cantaria pelo lado do rio Guamá. Em 1868 ainda estavam em progresso obras complementares, estando a praça artilhada com vinte e sete peças: dois canhões Parrot, calibre 100 mm, dois canhões Withworth calibre 70 mm (90 mm?), quatro obuses Paixhans calibre 80 (canhões Paixhans calibre 90 mm?), e antigos canhões de alma lisa: doze de calibre 24, dois de 18 e cinco de 9. Foi novamente desarmada, pelo Aviso Ministerial de 12 de dezembro de 1876 (10 de novembro de 1876 cf. SOUZA, 1885:67), passando a abrigar o Arsenal de Guerra.
O século XX
Na década de 1950 as suas dependências abrigavam diversos serviços da 8ª Região Militar. Encontra-se tombado pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional desde 1962. Completamente descaracterizado, o monumento sofreu diversas intervenções no passado, entre as quais várias modificações para abrigar a sede social do Círculo Militar de Belém, que mantém no local um restaurante, um bar, depósitos e um salão de festas. Em 1978, tentou-se negociar a retirada do Círculo Militar e seu restaurante, para uma intervenção de restauração no imóvel. Em 1980, com as muralhas parcialmente destruídas, a edificação passou por obras de emergência para garantir a estabilidade do conjunto remanescente. Sob responsabilidade do Ministério da Defesa, a partir de 1983, com recursos da Fundação Pró-Memória, o IPHAN realizou obras de conservação e restauração no forte, um dos mais procurados pontos turísticos da cidade, por sua localização privilegiada e seu sentido histórico, integrando o complexo histórico e religioso da cidade velha em Belém.
Atualmente, nas instalações do Forte do Presépio, o Museu do Encontro conta um pouco do início da colonização portuguesa na Amazônia. Exibe também peças de cerâmica marajoara e objetos indígenas. No interior de suas muralhas ficam expostos antigos canhões e munição.


quinta-feira, 26 de maio de 2011

Hino do Pará

Letra: Arthur Porto
Música: Nicolino Milano

Salve, ó terra de ricas florestas,
Fecundadas ao sol do equador!
Teu destino é viver entre festas,
Do progresso, da paz e do amor!
Salve, ó terra de ricas florestas,
Fecundadas ao sol do equador!
Estribilho
Ó Pará, quanto orgulho ser filho,
De um colosso, tão belo e tão forte;
Juncaremos de flores teu trilho,
Do Brasil, sentinela do Norte.
E a deixar de manter esse brilho,
Preferimos, mil vezes, a morte!
Salve, ó terra de rios gigantes,
D'Amazônia, princesa louçã!
Tudo em ti são encantos vibrantes,
Desde a indústria à rudeza pagã,
Salve, ó terra de rios gigantes,
D'Amazônia, princesa louçã!


Hino do Município de São Miguel do Guamá

Hino do município de São Miguel do Guamá
Letra por Padre Ângelo Maria de Bernard
Melodia por Mestre Pedro Peres de Gusmão

Do Arcanjo celeste à imagem querida
Nas águas undosas abrigo procura
O Povo devoto olhando pra ermida
Arcana vontade percebe futura

Salve Guamá nesta gloriosa alvorada
Que perene gravou nos corações
Teus filhos se aprestam a nova cruzada
Sob teu caudilho Frei Miguel de Bulhões

Caboclos e colonos na lida irmanados
Com machado e enxada o solo lavrado
Eis nova cidade brotou dos silvados
Altiva e formosa a Pátria integrado

Na escola e no templo a ciência aprendendo
Os Filhos dos Filhos do meigo Guamá
As lutas da vida acabam vencendo
Tornando-se orgulho do nosso Pará

E hoje que as máquinas as matas desbravam
Ligando o Guamá a crescente Brasília
Da marcha ao progresso aqui também gravaram
Semeando esperança em cada família

quarta-feira, 25 de maio de 2011

lendas

LENDAS GUAMAENSES

O BODE DO SESP VELHO
 
Contam os antigos moradores de São Miguel do Guamá que durante à noite quando as pessoas passavam em frente ao Sesp  Velho (hoje unidade Municipal de Saúde) aparecia u bode com o seu odor desagradável não deixava que as pessoas se aproximassem desse local. As crianças que brincavam pra lá sempre corriam assustadas. Ele aparecia e desaparecia do nada.

O HOMEM QUE VIRA PORCO
Antigamente, no bairro do Olho d’agua, em noites bem escuras, depois da meia noite, aparecia um porco grande que amedrontava as pessoas que passavam. Ao se aproximarem o porco desperecia e ao mesmo tempo aparecia um homem do nada.   As pessoas para saberem que era a pessoa que virava porco, jogavam agua quente ou batiam no porco. Quando amanhecia o dia o homem, o qual se desconfiava ser quem virava porco estava todo machucado.
Há moradores antigos da cidade, que garantem ter conhecido o homem que virava bicho, por sinal um conhecido morador da cidade.

MATINTA PEREIRA
Conta a lenda que uma antiga moradora da cidade, chegava à noite e saia vagando pelas ruas com seus assobios arrepiantes, fazia com que as pessoas sentissem medo. As pessoas amedrontadas querendo saber quem era a matinta pereira a convidavam para tomar café na manhã seguinte e assim a primeira pessoa a chegar na casa, pela manhã, seria a matinta pereira. E conta ainda que quando estava no leito da morte chamava alguém para apertar a mão e com isso passar o seu fardo para a pessoa.

A LENDA DAS TRÊS LAMBADAS
 
A lenda conta que no km 02 da estrada Magalhães Barata, onde existia um matadouro, depois das seis horas da tarde, seria impossível passar por ali, pois levaria três lambadas sem saber de quem. As pessoas que temiam apanhar não ousavam passar por ali neste horário com medo de apanhar.

A MULHER DA TETA GRANDE
Esta mulher aparecia para os caboclos quando vinham para cidade fazer compras e voltavam embriagados para suas casas.
Ela aparecia e gritava:
- Se mamar apanha se não mamar apanha sempre. Então o caboclo preferia a mamar e dizia:
- Eu apanho, mas eu mamo!

A LENDA DE SÃO MIGUELITO
Os antigos moradores de São Miguel do Guamá, contam que um caboclo morador da localidade Carmo, abaixo da Vila Conceição, subiu o Rio para uma caçada. Após remar bastante tempo, avistou sobre uma pedra, a imagem de um santo, com muito cuidado, levou para a sua casa onde o guardou com muito carinho, mas para sua surpresa no outro dia, o santo havia desaparecido. Voltado ao local do achado, encontrou o santo no mesmo lugar e isso aconteceu por três vezes. Os moradores da localidade Carmo, entenderam que o santo queria ficar ali mesmo, construíram uma barraquinha às margens do rio, mas tarde um barracão, deram o nome de São Miguelito ao santo, iniciando assim uma grande devoção. Este fato, aconteceu no local onde fica a matriz de São Miguel Arcanjo.

A DANÇA DA CABLOCA GUAMÁ
A dança “cabocla guamá” começou a ser pesquisada em 1996. O professor e pesquisador Antonio Ferreira da Cunha, professor de história e estudos paraenses, começou a observar os traços do povo guamaense e preparou a melodia e a poesia. Durante dois anos foi incrementando a melodia com traços coreográficos caracterizados com o costume e as tradições do povo guamaense. Essa dança vem, portanto falar mais de perto da cultura de um povo que tem um “rio que chove”. A coreografia é feita com seis pares de dançarinos, todos os alunos ou ex-alunos da escola. A estréia da “cabocla guamá” aconteceu em 1999, por ocasião do I Festival da Cultura Guamaense.

A DANÇA DA MANDIOCA
A “Dança da Mandioca” é o resultado de um trabalho de pesquisa sobre a mandioca feito pela escola São José Operário, em São Miguel do Guamá, pelo professor Antônio Ferreira da Cunha, professor de história e estudos paraenses e alunos da 5ª a 8ª série, um grupo de alunos pesquisou e realizou todo o processo de fabricação de farinha, começando pelo projeto em sala de aula e terminando na casa de farinha, de propriedade do senhor Firmino, pai de um aluno da escola, situada na periferia da cidade.
No final da torrefação da farinha, seis alunos encenaram uma coreografia ao ritmo da poesia “Rebola a mandioca no poço/ remexe pra fazer o pirão/ balança a peneira caboclo/ e fabrica a farinha em montão”.
Essa expressão poética idealizada pelo professor que acompanhava a turma serviu como base para a poesia propriamente dita, que com a melodia da brilho sobre à coreografia da dança.
A dançada mandioca “vem revelando os traços e o movimento que o caboclo faz na fabricação da farinha. É dançada por um grupo de seis pares, onde as damas trajam uma saia bem rodada, estampada em cores típicas, blusa branca meia barriga com ombros caídos e um pano amarado na cabeça, os cavalheiros, com chapéus de palha na cabeça, pés descalços e corpo seminu, trajam apenas meia calça de cor branca; nas mãos, os cavalheiros levam em ordem processual, o ralo, a mão-de-pilão, o tipiti, a peneira e o rodo e as damas levam os paneiros, com os quais representam a farinhada.
Além de ganhar a preamar, do arrastão cultural, projeto do Governo do Estado realizado entre doze municípios em Paragominas, o Gecop (Grupo de Expressão Corporal Operário) já apresentou esta dança em diversas localidades do interior do município de São Miguel do Guamá, bem como nas cidades de Irituia, São Domingos do Capim, Mãe do Rio, Castanhal e Santa Izabel do Pará.

A COBRA GRANDE
Conta a história que a cobra grande vivia dentro de uma balsa chamada Alvarenga Peixoto que afundou às margens do Rio Guamá, onde a mesma era vista pelos pescadores e ribeirinhos. Os mesmos contam que ela era muito grande de tamanho assustador, assombrando todos que dela se aproximavam. Segundo a lenda ela saia para passear e vive escondida em baixo do Colégio dos Padres Barnabitas. Contam, ainda, que a grande enchente que dividiu o Colégio e a ponte grande, foi quando ela saiu do Colégio para a balsa deixando seu rastro.

FOTOS DE SÃO MIGUEL

 Pátio da Casa dos Padres Barnabitas

 Pátio da Casa dos Padres Barnabitas

 Ponte sobre o Rio Guamá

 Visão da Casa dos Padre da outra margem do rio

 Antiga Cerâmica F.Gomes

 Igreja Matriz de São Miguel Arcanjo

 Cachoeira Apolônio Miranda

 Cerâmica F. Gomes

 Igreja de Nossa Senhora de Nazaré

 Visão do Rio Guamá

Instituto Tibi Pater

Visão do meio do rio

terça-feira, 17 de maio de 2011

Símbolos Nacionais

Bandeira Brasileira

 

A atual Bandeira Nacional foi adotada pelo decreto n.° 4, de 19 de novembro de 1889, quatro dias após a Proclamação da República (15 de novembro de 1889). Sua elaboração foi realizada por Raimundo Teixeira Mendes (positivista), Miguel Lemos (diretor do Apostolado Positivista do Brasil), Manuel Pereira Reis (astrônomo) e Décio Vilares (pintor).
A bandeira do Brasil é formada por um retângulo verde, onde está inserido um losango amarelo, cujo centro possui um circulo azul com estrelas brancas (atualmente 27) e com uma faixa branca, que contém a frase: “Ordem e Progresso”. Cada elemento da bandeira possui um significado:
Verde: simboliza a pujança das matas brasileiras;
Amarelo: representa as riquezas minerais do solo;
Azul: o céu;
Branco: a paz;
Estrelas brancas: representa cada Estado brasileiro e o Distrito Federal;
A frase “Ordem e Progresso”: influência de Augusto Comte, filósofo francês fundador do positivismo.
As estrelas na Bandeira Nacional estão distribuídas conforme o céu, na cidade do Rio de Janeiro, às 8 horas e 30 minutos do dia 15 de novembro de 1889, no qual a Constelação do Cruzeiro do Sul, se apresentava verticalmente, em relação ao horizonte da cidade do Rio de Janeiro. Entretanto, Raimundo Teixeira Mendes elaborou um desenho contrariando alguns aspectos da astronomia, priorizando a disposição estética das estrelas, e não a perfeição sideral.
A primeira versão da Bandeira era composta por 21 estrelas, que representavam os seguintes Estados: Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba do Norte (Paraíba), Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso, Município da Corte.
Posteriormente, foram inseridas novas estrelas, através das modificações da Lei n° 5.443, de 28 de maio de 1968, que permite atualizações no número de estrelas na Bandeira sempre que ocorrer a criação ou a extinção de algum Estado. Nesse sentido, seis estrelas foram inseridas para representar os Estados do Acre, Mato Grosso do Sul, Amapá, Roraima, Rondônia e Tocantins. Essas foram as únicas alterações na Bandeira do Brasil desde que ela foi adotada.
A Bandeira Nacional é um dos símbolos mais importantes do país, devendo ser hasteada em todos os órgãos públicos, escolas, secretarias de governo etc. Seu hasteamento deve ser feito pela manhã e a arriação no fim da tarde. A bandeira não pode ficar exposta durante a noite, a não ser que seja bastante iluminada.

Durante toda sua história, o Brasil teve várias Bandeiras até que se concretizasse a atual. Confira todas elas:

Bandeira de Ordem de Cristo (1332 - 1651)

Bandeira Real (1500 - 1521)

Bandeira de D. João III (1521 - 1616)

Bandeira do Domínio Espanhol (1616 - 1640)

Bandeira da Restauração (1640 - 1683)

Bandeira do Principado do Brasil (1645 - 1816)

Bandeira de D. Pedro II, de Portugal (1683 - 1706)

Bandeira Real Século XVII (1600 - 1700)

Bandeira do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve (1816-1821)

Bandeira do Regime Constitucional (1821- 1822)

Bandeira Imperial do Brasil (1822 - 1889)

Bandeira Provisória da República (15 a 19 de Novembro 1889)

Bandeira da República Federativa do Brasil (19 de Novembro de 1889 até os dias atuais).


As Armas ou Brasão da República

  
Um escudo redondo, pousado em uma estrela de cinco pontas, com o Cruzeiro do Sul ao centro e sobre uma espada. Há um ramo de café à direita e um de fumo à esquerda. Numa faixa sobre a espada, no centro, estão as legendas "República Federativa do Brasil", à direita, "15 de novembro", à esquerda, "de 1889". Seu uso é obrigatório nos edifícios-sede dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União, Estados, Distrito Federal e municípios; quartéis militares e policiais; e nos papéis de expediente, convites e publicações oficiais de nível federal.


O Selo


É formado por um círculo representando uma esfera celeste, idêntica à da bandeira nacional, tendo em volta as palavras "República Federativa do Brasil". É usado para autenticar os atos de governo, os diplomas e certificados expedidos por escolas oficiais ou reconhecidas.




Hino Nacional Brasileiro




História e Informações:
 
A letra do hino nacional do Brasil foi escrita por Joaquim Osório Duque Estrada (1870 – 1927) e a música é de Francisco Manuel da Silva (1795-1865). Tornou-se oficial no dia 1 de setembro de 1971, através da lei nº 5700.
Existe uma série de regras que devem ser seguidas no momento da execução do hino. Deve ser executado em continência à Bandeira Nacional, ao presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal e ao Congresso Nacional. É executado em determinadas situações, entre elas: cerimônias religiosas de cunho patriótico, sessões cívicas e eventos esportivos internacionais.  

Letra do Hino Nacional Brasileiro
I
OUVIRAM DO IPIRANGA AS MARGENS PLÁCIDAS
DE UM POVO HERÓICO O BRADO RETUMBANTE,
E O SOL DA LIBERDADE, EM RAIOS FÚLGIDOS,,
BRILHOU NO CÉU DA PÁTRIA NESSE INSTANTE.
SE O PENHOR DESSA IGUALDADE
CONSEGUIMOS CONQUISTAR COM BRAÇO FORTE,
EM TEU SEIO, Ó LIBERDADE,
DESAFIA O NOSSO PEITO A PRÓPRIA MORTE!

Ó PÁTRIA AMADA,
IDOLATRADA,
SALVE! SALVE!

BRASIL, UM SONHO INTENSO, UM RAIO VÍVIDO
DE AMOR E DE ESPERANÇA À TERRA DESCE,
SE EM TEU FORMOSO CÉU, RISONHO E LÍMPIDO,
A IMAGEM DO CRUZEIRO RESPLANDECE.
GIGANTE PELA PRÓPRIA NATUREZA,
ÉS BELO, ÉS FORTE, IMPÁVIDO COLOSSO,
E O TEU FUTURO ESPELHA ESSA GRANDEZA.

TERRA ADORADA,
ENTRE OUTRAS MIL,
ÉS TU,BRASIL,
Ó PÁTRIA AMADA!
DOS FILHOS DESTE SOLO ÉS MÃE GENTIL,
PÁTRIA AMADA,
BRASIL!

II
DEITADO ETERNAMENTE EM BERÇO ESPLÊNDIDO,
AO SOM DO MAR E À LUZ DO CÉU PROFUNDO,
FULGURAS, Ó BRASIL, FLORÃO DA AMÉRICA,
ILUMINADO AO SOL DO NOVO MUNDO!
DO QUE A TERRA MAIS GARRIDA,
TEUS RISONHOS, LINDOS CAMPOS TÊM MAIS FLORES;
"NOSSOS BOSQUES TEM MAIS VIDA,"
"NOSSA VIDA" NO TEU SEIO "MAIS AMORES".

Ó PÁTRIA AMADA,
IDOLATRADA,
SALVE! SALVE!.

BRASIL, DE AMOR ETERNO SEJA SÍMBOLO
O LÁBARO QUE OSTENTAS ESTRELADO,
E DIGA O VERDE-LOURO DESSA FLÂMULA
-PAZ NO FUTURO E GLÓRIA NO PASSADO.
MAS, SE ERGUES DA JUSTIÇA A CLAVA FORTE,
VERÁS QUE UM FILHO TEU NÃO FOGE À LUTA,
NEM TEME, QUEM TE ADORA, A PRÓPRIA MORTE.

TERRA ADORADA,
ENTRE OUTRAS MIL,
ÉS TU, BRASIL,
Ó PÁTRIA AMADA!
DOS FILHOS DESTE SOLO ÉS MÃE GENTIL,
PÁTRIA AMADA,
BRASIL!

Vocabulário (Glossário)

Plácidas: calmas, tranqüilas
Ipiranga: Rio onde às margens D.Pedro I proclamou a Independência do Brasil em 7 de setembro de 1822
Brado: Grito
Retumbante: som que se espalha com barulho
Fúlgido: que brilha, cintilante
Penhor: garantia
Idolatrada: Cultuada, amada
Vívido: intenso
Formoso: lindo, belo
Límpido: puro, que não está poluído
Cruzeiro: Constelação (estrelas) do Cruzeiro do Sul
Resplandece: que brilha, iluminidada
Impávido: corajoso
Colosso: grande
Espelha: reflete
Gentil: Generoso, acolhedor
Fulguras: Brilhas, desponta com importância
Florão: flor de ouro
Garrida: Florida, enfeitada com flores
Idolatrada: Cultivada, amada acima de tudo
Lábaro: bandeira
Ostentas: Mostras com orgulho
Flâmula: Bandeira
Clava: arma primitiva de guerra, tacape
 

sábado, 14 de maio de 2011

EXPRESSÃO CORPORAL PARAENSE

A EXPRESSÃO CORPORAL DO PARAENSE


A dança é um dos mais poderosos meios de expressão do homem. Desde os tempos imemoriais a humanidade, exercia essa atividade como um sacerdócio, pois tal prática servia para pô-la em contato direto com as forças superiores da natureza e os deuses que a governavam. A dança folclórica esta relacionada com as camadas mais simples, que vivem na zona rural. São danças espontâneas e próprias da comunidade que vive refletindo seus aspectos culturais.
Há dois tipos de danças folclóricas: comum e dramática. A comum é constituída somente de evoluções e a dança dramática é aquela relacionada ao drama por conter uma parte encenada ou representada, e alusiva a assuntos como: guerreiros, congos ou congadas e boi-bumbá.
Plenas exuberâncias e originalidade, as danças do folclore paraense, sem contestação, possuem uma riqueza coreográfica ímpar e uma beleza singela ligadas, à sensibilidade do índio e à profunda influência que sofreram por foca da colonização européia através de contato direto com a sua gente.


CARIMBO  

O Carimbo adveio da criatividade artística dos índios Tupinambá. A principio pouco ou nenhum entusiasmo despertou, dado ao ritmo dolente, características na maioria das danças de origem indígena.
O nome Curimbó è formado por duas palavras: curi = pau ôco e mbó = furado. Assim, o pau que produz som. Posteriormente, o próprio povo foi alterando a palavra corimbo (como até hoje se usa no município de Salinópolis) e carimbo, denominação mais conhecida da dança.
Um fato interessante é que se o homem conseguir é aplaudido, caso contrário, é posto para fora da dança, é marcação coreográfica de um dos pés sempre a frente do corpo.  


DANÇA DO MAÇARICO

A dança do Maçarico, também originária de Cametá, tem como figura central esta ave pernalta, pássaro arisco e assustadiço, cujo andar é aceleradíssimo, sendo encontrado em quase todos os rios do Pará e do Amazonas,  principalmente naqueles onde há praias. O movimento coreográfico lembra, em vários sentidos, o alegre saltitar e correr da ave e também alguns passos próprios das danças portuguesas.
A dança movimenta-se através das quadrinhas cantadas pelos participantes que indicam os diversos passos a serem dados, sempre especificamente em relação às mulheres que surgem como elementos principais para orientá-los.

 
XOTE BRAGANTINO

O "Xote" (Schotinch) tem sua origem na mais famosa dança folclórica da Escócia na segunda metade do século XIX. Aos poucos foi conquistando a Europa. Na Alemanha ganhou um ritmo valsado pela influência da Valsa Vienense. Na Inglaterra a dança era saltitante. Já na França os passos ganharam ritmo semi- clássico, com um andamento um tanto mais lento que o atual. Talvez por causa da indumentária feminina que, naquela época, dificultava os movimentos rápidos. Trazida para o Brasil pelos colonizadores, despertou, desde o início, um grande interesse no povo brasileiro que, por sua vez, também fez seus acréscimos. No Estado do Pará os portugueses cultivavam o xote com bastante entusiasmo em todas as reuniões festivas assistidas de longe pelos escravos africanos. A dança foi aproveitada, de fato, pelos negros em 1798, quando eles fundaram a Irmandade de São Benedito, no município de Bragança, que deu origem à Marujada. Outras danças de origem européia também vieram formar o novo ritmo, mas é no "Xote" que está o maior interesse do povo bragantino nas apresentações públicas da "Marujada". A dança é executada repetidas vezes, valendo acrescentar que até mesmo os jovens bragantinos preferem o "Xote" a qualquer outra dança popular.


DANÇA DA QUADRILHA

A Quadrilha é uma contradança de origem holandesa. No Brasil, apesar de ser dançada também pelos alemães, em compasso de 6 / 8, na qual quatro pares se situam frente a frente. Teve o seu apogeu no séc. XVIII, em França, onde recebeu o nome de "Neitherse". Tornou-se muito popular nos salões aristocráticos e burgues do séc. XIX em todo o mundo ocidental.
No Brasil, a quadrilha é parte das comemorações chamadas de festas juninas. Um animador vai pronunciando frases enquanto os demais participantes, geralmente em casais, se movimentam de acordo com as mesmas. Para alguns cientistas sociais, especialmente antropólogos, tal forma de entretenimento representa uma permanência do pensamento evolucionista muito em voga principalmente no século XIX, onde pessoas que residem em meios urbanos agem de forma estereotipada, zombando dos moradores de áreas rurais mesmo sem se darem conta.
Também chamada de quadrilha caipira ou de quadrilha matuta, é muito comum nas festas juninas. Consta de diversas evoluções em pares e é aberta pelo noivo e pela noiva, pois a quadrilha representa o grande baile do casamento que hipoteticamente se realizou. Esse tipo de dança (quadrille) surgiu em Paris no século XVIII, tendo como origem a contredanse française, que por sua vez é uma adaptação das country dance holandesa e alemã, segundo os estudos de Maria Amália Giffoni.
A quadrilha foi introduzida no Brasil durante a Regência e fez bastante sucesso nos salões brasileiros do século XIX, principalmente no Rio de Janeiro, sede da Corte. Depois desceu as escadarias do palácio e caiu no gosto do povo, que modificou suas evoluções básicas e introduziu outras, alterando inclusive a música.
A sanfona, o triângulo e a zabumba são os instrumentos musicais que em geral acompanham a quadrilha. Também são comuns a viola e o violão.


FESTIVAL DA CULTURA GUAMENSE

É realizado nos dias 29,30 e 31 de outubro na orla do rio Guamá, tendo como objetivo divulgar os valores culturais, incentivar artistas da terra a divulgar seus potenciais artísticos.
            Há várias atividades como: exposições culturais (artesanato, pintura, peças raras, etc.) apresentação de danças folclóricas, teatrais e musicais, venda de comidas típicas e concurso da “Garota Guamá”. O referido evento tem o apoio da Prefeitura Municipal e a coordenação da Secretaria de Educação, Cultura, Desporto e Turismo – SEMECDT.


FOLCLORE

GRUPOS FOLCLÓRICOS

GRUPO DE EXPRESSÃO CULTURAL OPERÁRIO – GECOP

O grupo foi criado a partir da idéia dos professores e alunos de transmitir a arte de representar, cantar e dançar e também desenvolver danças folclóricas.
O grupo criou a dança da “Mandioca” e a dança “Cabocla Guamá”. Possuindo outras danças como “Barreou”, “Xote Guamá”, “Maçariquinho”, “Invernada Marajoara”, “Mulatinha”, danças do “Coco” e “Alecrim”, além de possuir um conjunto dc carimbo de flauta doce e um coral.
Com várias apresentações entre danças, teatro e música o grupo ganhou em 1 lugar o Concurso entre municípios da região do nordeste paraense, passando a ser mais valorizado e reconhecido.
            Grupo do Centro de Convivência “Maria de Nazaré Fernandes” surgiu no início do mês de maio dc 1999, com a iniciativa da coordenação do Centro tendo como objetivo proporciona maior Integração e principalmente diversão para os idosos.


GRUPO TEATRO SALLUZ

             O nome significa “Sal de terra e luz do mundo”, nome italiano e bíblico. Surgiu em 08 de agosto de 1997 a partir da necessidade de cada integrante de se expressar. É formado por 10 componentes da comunidade de São Gabriel, cadastrados na Secretaria de Cultura. Esses 10 componentes tiveram a oportunidade fazer o curso de Iniciação teatral  promovido pela Secretaria de Estado de Cultura e Universidade do Estado do Pará.
            O responsável pela coordenação do grupo é o Sr. Odecy Guilherme da Silva. Entre as apresentações podemos citar as peças “A Revolta do Perus” e “A Contra Ponto”, além de possuir uma banda de música.
            O grupo participou de várias apresentações como os Projetos arrastão Cultural” e “Preamar” no município de Paragominas e outros em São Miguel do Guamá.


GRUPO TEATRAL FRUTO DE NÓS

O grupo surgiu através de Oficinas realizadas, na comunidade de Patauateua em 1994, tendo como o primeiro diretor Francisco Barata.  O Sr Renivaldo Costa de Andrade é o atual diretor.
A Primeira peça do grupo foi denominada “A Cara do Guamá” devido a preocupação que o grupo teve com os problemas sociais do município. Atualmente, o grupo possui 10 componentes e se apresenta em vários municípios.

LÍRIOS DO GUAMÁ

             É constituído por 20 alunos e ex-alunos do Externato Santo Antonio Maria Zaccaria e teve como fundador o Sr Benedito dos Santos Moura Júnior  Atualmente Sr Odecy Guilherme da Silva é quem dirige o grupo.
            Um dos Primeiros trabalhos foi a peça “Sombras da Maldade” O grupo tem como objetivo desenvolver a cultura do município. Ainda hoje o grupo Lírio do Guama atua freqüentemente em vários eventos.